quarta-feira, 22 de setembro de 2010




Caminho, sinto o vento breve e agradeço.
A estrela cadente que passa peço
um Amor de índio
E ouço a canção que queria lhe dar.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Partilha (desumanidade)

Nós esquecemos que somos bonitos como somos
e nos perdemos brincando de dividir 
com quem não conhecemos nossos cromossos
evitamos a partilha de vida
e morremos chorando por não ter alcançado o mais essencial e humano em nós
nossa humilmanidade
e mais uma noite brincamos de que a vida não é de verdade.

terça-feira, 14 de setembro de 2010


desenhar a flor
da pele: pétala rósea
e vê-la voar

Outro amor de índio (Diferente quase plágio)






O vento, o tempo
e os corpos
são sagrados
enquanto a chama arder

Aliança no dedo de Deus
é arco íris no meu
e viver ao seu lado
é mais que sagrado

Abelha fazendo o mel 
vale o tempo que não voou
e o vôo que faço
tem ponto marcado

Um destino a se cumprir
A estrela seguir
E prever
que o menino está vivo

A estrela cair do céu
O pedido se pensar
O destino se cumpre
e é calor e é todo


Todo amor é sagrado
e o mel é mais sagrado que voar
E voar é mais sagrado quando
as nuvens são grinalda e o céu vel

A massa que faz o pão
Vale a luz de quem amassa
Lembra que o sono é sagrado
e dormir é fermentar o que amassou
E alimenta de horizontes
O tempo acordado de viver

No inverno te proteger
No verão sair pra pescar
No outono te conhecer
Primavera poder gostar
No estio me derreter
Pra na chuva dançar e andar junto

O destino que se cumpriu
De sentir seu calor e ser tudo

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Eu sem chão


(Livre adaptação quase plágio de Joaninha - Djavan, para ler ao som da mesma)

De esperar
A hora passa
A Ave pia
Noite fria
Eu sem chão

Never more
Desmorona
O homem
Solidão
Eu sem chão

Mas um dia a mais
Outra vez
de novo nasce
A paixão, a paixão
Eu sem chão

Luz do cacto
Fura o dedo
fura o medo
e o pacto
E o calor
E a flor
Eu sem chão
Eu sem chão

Chora o céu
Chuva fina derrubando ainda
Quase finda
A ilusão
Joaninha
Sem chão

Terra preta
Céu azul escuro
Luz vermelha
Sou estrela
Sou eu mudo
Eu sem chão

Lua e nuvem
de tanto esperar
passou
a flor, a dor
e o chão, e o chão?
eu sem chão

quarta-feira, 8 de setembro de 2010


em forma humana
transforma o universo
de forma desarmônica

quarta-feira, 1 de setembro de 2010


ave gavião
vôa suave nos campos
movendo emoção
semana que passa
jogo de sangue e de raça
no domingo de graça
no jogo domingo
liberta-se do trabalho
inspirado grito
em silêncio joga
trazendo dentro do peito
toda a arquibancada
http://www.youtube.com/watch?v=Xs6D2ayMnW4&feature=related
em silêncio chuta
curva da bola em disputa
com a torcida muda
Senhor de CEM anos
Menino de pé no chão
Driblando enganos
bola, meta, cenário
onze homens em campo
sentimentos centenários