sábado, 28 de dezembro de 2013

Soneto do amor e do mar

 
Enquanto o mar vier roubar da praia
as marcas de amor e juras feitas
e o sol deixar sua luz a nossa espreita
e o amor ainda valer coisa que o valha
 
Ainda há de haver saudade estreita;
saudade que com o tempo não se apaga,
mesmo se a água calma a areia afaga
e as marcas de amor ele rejeita.
 
Mas há um mar maior que tudo oprime,
que é a falta de amor em nosso peito.
Este rejeita o mar e o que se exprime
 
na areia. Do mundo não há proveito,
da luz do Sol e Bem ele se exime
e tem no nosso mundo grande efeito.