terça-feira, 27 de maio de 2008
a remoer você
dos olhos que correm sobre o linho
escorrem lágrimas de sangue e o vinho
que bebo não é a taça que desejo
nem um cálice de seu beijo na despedida
é um calo
um silêncio
um mi disperso
que despedaça
dispenso liberdades
bêbo sem vontade
vivo cem maldades
e quero e seco e morro
em troca de você na cama
não toco mais
no assunto
e deixo-te ir no vinho,
de novo:
embriaguês no ar.
amanhã é outro dia
de por as coisas todas no seu devido lugar.
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