quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Ela não sabe o mal que me faz quando me deixa aqui trancado por tanto tempo dentro desta casa. Ela? pelos bares, amando, vivendo. Eu não sei se continuo esperando ou se vou direto ao ponto. A corda está me esperando na cozinha. Aquela cadeira em mogno que ela tanto me pediu para a sala de jantar está logo abaixo. Aquela corda, cada vez que a vejo parece que torce pela minha chegada. mas minha garganta é que se torce quando chego perto. Quando subo, falta coragem de chutar uma cadeira tão linda e nova que comprei com lágrimas nos bolsos e um sorriso em seus lábios. Quando enfim conseguir passar aquela corda no pescoço sem o remorso de olhar para essa criança a minha frente chorando....
Ouvi dizer que o João de Barro prende a sua amada na casa após o crescimento dos filhos. Não vou dar esse gosto a ela. Deixo-a com a criança, assim fica mais fácil pra mim e mais difícil pra ela... Não não. Eu não a amo a ponto de dar de presente a minha vida, muito menos assim, com laço e tudo. Não não.
Serei eu a Joana-de-barro. Ficarei aqui trancado enquanto ela cresce e se diverte.
É isso. Cada um escolhe o seu mal de amor. O meu se diverte pelos bares enquanto o dela fica aqui refletindo e chorando, esperando que ela mude de atitude. Que o joão-de-barro cantador mude seu instinto, e que esta criança pare de chorar.
Cala boca menino, e fica aí. Não sai daí que vou lá na cozinha preparar o seu café da manhã ou coisa que o valha...
domingo, 28 de agosto de 2011
Baseado em Lily Braun
Baseado em Lily Braun
A incauta perde a pose
e o passo
voa
vira anjo,
vê azul,
passarinho verde
vê demais e mais
nada vê mais
10 poemas
1 buquê
20 problemas
ser dele
e só
se contraSTAR
revolta
Diga para ele:
conteSTAR...
sábado, 27 de agosto de 2011
Desencontro
Sentiu saudades, foi morar no Ceará
Voltou pra casa pra matar o mal de Amor
Foi afastado em uma sala de escritório
Ficou zangado em um playground por brincar
Entediou-se da falar diversas línguas
Na solitária de com os outros conversar
Foi morar longe bem no centro da cidade
Com mal da idade da balada fez um lar
Juntou dinheiro endividado pela praça
Fez um empréstimo com zero no cartão
Comprou de tudo que não tinha no mercado
Ficou pelado de roupão e sobretudo
Xingou o mundo com as rezas de maínha
Ave-maria ele bradou pro inimigo
Mostrou o umbigo se mostrando muito macho
Ficou por baixo pra mostrar que era capaz
Virou casaca indo torcer pro mesmo time
Morreu de gripe de tanto tomar cachaça
Pagou de graça
Recebeu o que devia
Mas a Maria que queria não vai ter.
Porque mulher quando não quer é coisa rara
E quando é ele que não quer normal se passa.
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